Vários fatores atuam em conjunto para o desenvolvimento motor entre eles destacam-se: o ambiente em que a criança vive, os aspectos musculares, articulares, ósseos, a vivência de experiências e a quantidade de estímulos aos quais o lactente é submetido (GALLAHUE,2005; SARMENTO, 2007).
No entanto, o DNPM humano é um processo extremamente específico, no qual cada indivíduo tem o tempo certo para desenvolver suas habilidades motoras e de maneira geral, a primeira forma de comportamento motor do lactente é observada através dos reflexos.
Segundo Gallahue (2005), os reflexos são os movimentos involuntários que os lactentes realizam durante a gestação e após nascidos, e são eles que formam a base para o desenvolvimento motor. É a partir destes que o bebê recebe as informações do meio e reage aos estímulos, executando os movimentos estereotipados. Eles podem ser classificados em reflexos primitivos e posturais.
Os reflexos primitivos são agrupadores de informações na medida em que auxiliam a estimular a atividade cortical e o desenvolvimento da criança. Também são conhecidos como reflexos de sobrevivência por possibilitar ao lactente a capacidade de buscar alimentos e de se proteger de estímulos nocivos. Já os reflexos posturais são inteiramente involuntários e tem função de estabilizar os movimentos que serão utilizados com maior habilidade e freqüência com o passar do tempo e com o ganho do controle consciente do movimento.
Após algum tempo, os reflexos primitivos e posturais são substituídos por comportamentos motores voluntários, que inicialmente se apresentam de forma grosseira e desordenada. Entretanto a partir da interação entre crescimento físico, maturação do sistema nervoso central (SNC), adequação da biomecânica corporal e estímulos do ambiente, ocorre o amadurecimento dos atos motores básicos e as crianças começam a ter maior precisão e maior controle dos movimentos, tornando-se mais habilidosas do ponto de vista motor (GALLAHUE, 2005; SHEPHERD, 1996).
No entanto, existem fatores que podem levar a uma serie de alterações no DNPM de algumas crianças, que vão fazer com que as mesmas demorem a desenvolver ou até mesmo não adquiram determinadas habilidades motoras.
É de grande importância avaliar o desempenho motor do infante logo após o nascimento, pois esta ação pode diagnosticar precocemente alguma patologia ou algum tipo decomprometimento no desenvolvimento desta criança.
Existem diversas escalas para avaliar o desenvolvimento dos infantes, entre elas podem se destacar: Escala Medição da Função Motora Grosa (GMFM) que é um teste padronizado, desenvolvido para quantificar a função motora grossa da criança, porém, a faixa etária para a qual a avaliação é aplicável e as áreas ou os aspectos do desenvolvimento enfatizados pelo instrumento devem ser levados emconsideração; Test of Infant Motor Performance (TIMP), que por sua vez avalia a postura e os movimentos da criança durante movimentação espontânea e é sensível às mudanças relacionadas à idade no desempenho e ainda a Alberta Infant Motor Scale (AIMS), que é um método de avaliação do desenvolvimento motor, de fácil aplicação pode ser utilizado para análise em crianças de 0 a 18 meses de idade, no qual o infante é observado em quatro posições: prono, supino, sentado e em pé e o escore total é dado pela soma dos pontos observados mais os pontos anteriores ao primeiro item observado no período de desenvolvimento em que o lactente se encontra.
Em resumo: avaliar o desenvolvimento motor do bebê e identificar os fatores que estimulam e atrasam a aquisição de habilidades motoras, faz com que a capacidade motora dos pequenos seja explorada ao máximo e assim, o bebê se desenvolva de forma integral e satisfatória!!!
Nas próximas colunas, vamos conversar melhor sobre fatores benéficos ao desenvolvimento motor das crianças!
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